Hoje está sendo um dos dias mais felizes de toda minha vida. Vou-lhes dizer o porquê.
Nunca agradecemos pelas mínimas coisas boas que nos acontecem em dias ruíns. Em um dia estressante, chato, nunca paramos pra agradecer o sorriso dado junto a um amigo, a um obrigado, a um "bom dia" inesperado. Esses momentos vão passando ... e passando ... e como já se foram, são esquecidos ... pois amanhã já vai ser um dia corrido igual ao de hoje e na maioria das vezes, como foi o dia anterior.
Quando paramos pra ver, passaram-se meses, anos, e em nenhum momento, chegamos a ver como essas mínimas coisas nos fazem muito bem. Que um sorriso, um cumprimento, um agradecimento qualquer deixa a alma mais leve, deixa um sorriso mais fácil no rosto. Nos tornamos melhores com isso.
Hoje, finalmente, paro pra pensar nos dias que se passaram. Dias bons - outros nem tanto. Alguns dias foram bem difíceis. E aqui estou.
No dia de hoje, 24 de dezembro - apenas 1 ano atrás, eu estava na véspera de perder a chance de refletir sobre as coisas, de ser grato pelo amor, de ser grato pela atenção, pelo gesto. Em um fechar de olhos que não se repetiria, eu deixaria de poder amar tão intensamente quanto estou amando agora. Deixaria de me emocionar pela cor da rosa, pelo vento forte no dia quente, pelo "ooooopa ... bom dia !" da sra. da esquina. E o pior, não teria a chance de ser uma pessoa tão completa agora que tenho um amor verdadeiro.
Agradeço. Agradeço por ter sido forte, por ter sido persistente e não ter desistido em momento algum. Agradeço também - e porque não ? - pelo fato de ter "esbarrado" na vida de uma pessoa de pouca luz. Pois em sua desgraça - por pior que isso soe - eu novamente tenho os pés no chão, percebo mais as coisas. De pensar que se nada disso houvesse acontecido, hoje meus dias iam ser outros.
Talvez dias mais cinzas ... talvez dias sem norte.
Acho que mais uma vez me torno confuso, mas que a paz em que me encontro agora sirva pra mostrar aos que guardam rancor, que vivem uma mágoa grande, que a pior coisa que poderia acontecer comigo seria terminar assim ... não uma pessoa que não mais fecha os olhos (...) mas pior, uma pessoa que se perde em sentimentos que realmente não a levam a nada !!
Para os que acreditam em várias coisas, aí vai um detalhe bem legal. A um ano algo de muito ruim me aconteceu. Seis meses depois, algo de mais maravilhoso me acontece e em seis meses eu termino a faculdade. A periodicidade das coisas que estão me acontecendo aos poucos dá a toada, o rumo, e a esperança de que dias melhores e MUITO MELHORES estão por vir. Por esses dias que passaram, pelo hoje, e pelos dias que virão eu sou muito, mas muito grato. Que o amor que muda vidas nunca lhes negue um sorriso.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Domingo du bão
"Meus domingos não costumam ser lá muito interessantes " - era o que sempre eu dizia àqueles que me contavam suas histórias, feitos, planos ...
Em alguns momentos, eram agitados demais por conta da vida desregrada que eu vivia. Disso não sinto falta não. Bebedeiras que duravam mais do que meu horário de trabalho normal de um dia de semana. As companhias eram bem legais, mas boas mesmo não eram muito não ! Enfim, meus domingos variavam entre loucuras e sono de um dia todo.
Houve uma época em que os domingos nem eram muito diferenciados, pois eram uma continuação (mesmo!) do sábado. Partidas de voleibol de areia me animavam e me faziam esgotar todo e qualquer ânimo. Tudo isso era necessário, pois se me deixassem, eu ainda iria ligar pra alguém e tornar o sábado ainda mais longo !!!
Os domingos pós-acidente eram de uma tranquilidade muito estranha. Ver TV no domingo sempre me deixava ansioso. Preferia ficar dormindo ou senão ia na casa de um amigo ou outro pra bater papo e dar algumas risadas. Ríamos de coisas que passavam na TV (acompanhado, ver TV já não me aborrecia mais), de situações que tínhamos passado na semana, de pessoas que já eram motivo de riso pelas bobagens que SEMPRE faziam. Ríamos pelo fato de que assim que dormíssemos, ao acordar seria segunda. Amigos são bem importantes em momentos em que o riso não sai tão fácil assim.
Eu sempre pedia aos céus um domingo em que eu tivesse ânimo de fazer qualquer coisa. Que eu pudesse de alguma forma não me sentir mal pelo fato de apenas VER mais um dia passar. Eu realmente apenas deixava o domingo passar pois não ia muito com a cara dele ... algo como deixar alguém fedido, alguém com as chagas expostas passar na sua frente na rua.
...
Acordei com uma sensação muito boa. Um calor gostoso no corpo todo.
Tento me virar e não consigo. AH !!! vejo que não estou só. Ufa, ainda bem.
Olho no relógio do aparelho de som - 10:30. Penso em acordar, mas hoje é domingo.
Puxo o edredom mais pra perto do pescoço, me ajeito um pouco mais e me agarro ao que me esquenta o corpo de uma forma deliciosamente terna !
Paro e penso nos domingos que se foram. Nada de saudade.
Faço um afago no cabelo macio, no corpo quente ao meu lado. No relógio mais de meio dia. O calor contagia, deixa outras partes solidariamente aquecidas.
Quero isso pra mim, penso.
Mais três horas se passam e eu já nem penso mais em olhar para o aparelho de som. Seu relógio não me diz mais a hora certa. Ele me diz que naquele momento alí sou eu, completamente feliz. Feliz porque não era mais uma alma ao ermo. Feliz porque o domingo agora é meu amigo. Nada de mágoas, nem ressentimentos. O que passou me fez bem, pois agora eu quero nem-sei-quantos mil domingos como esse. Quero o calor do corpo teu ao meu lado. Quero o sossego da tua boca na minha. Quero viver cada domingo ao teu lado.
Em alguns momentos, eram agitados demais por conta da vida desregrada que eu vivia. Disso não sinto falta não. Bebedeiras que duravam mais do que meu horário de trabalho normal de um dia de semana. As companhias eram bem legais, mas boas mesmo não eram muito não ! Enfim, meus domingos variavam entre loucuras e sono de um dia todo.
Houve uma época em que os domingos nem eram muito diferenciados, pois eram uma continuação (mesmo!) do sábado. Partidas de voleibol de areia me animavam e me faziam esgotar todo e qualquer ânimo. Tudo isso era necessário, pois se me deixassem, eu ainda iria ligar pra alguém e tornar o sábado ainda mais longo !!!
Os domingos pós-acidente eram de uma tranquilidade muito estranha. Ver TV no domingo sempre me deixava ansioso. Preferia ficar dormindo ou senão ia na casa de um amigo ou outro pra bater papo e dar algumas risadas. Ríamos de coisas que passavam na TV (acompanhado, ver TV já não me aborrecia mais), de situações que tínhamos passado na semana, de pessoas que já eram motivo de riso pelas bobagens que SEMPRE faziam. Ríamos pelo fato de que assim que dormíssemos, ao acordar seria segunda. Amigos são bem importantes em momentos em que o riso não sai tão fácil assim.
Eu sempre pedia aos céus um domingo em que eu tivesse ânimo de fazer qualquer coisa. Que eu pudesse de alguma forma não me sentir mal pelo fato de apenas VER mais um dia passar. Eu realmente apenas deixava o domingo passar pois não ia muito com a cara dele ... algo como deixar alguém fedido, alguém com as chagas expostas passar na sua frente na rua.
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Acordei com uma sensação muito boa. Um calor gostoso no corpo todo.
Tento me virar e não consigo. AH !!! vejo que não estou só. Ufa, ainda bem.
Olho no relógio do aparelho de som - 10:30. Penso em acordar, mas hoje é domingo.
Puxo o edredom mais pra perto do pescoço, me ajeito um pouco mais e me agarro ao que me esquenta o corpo de uma forma deliciosamente terna !
Paro e penso nos domingos que se foram. Nada de saudade.
Faço um afago no cabelo macio, no corpo quente ao meu lado. No relógio mais de meio dia. O calor contagia, deixa outras partes solidariamente aquecidas.
Quero isso pra mim, penso.
Mais três horas se passam e eu já nem penso mais em olhar para o aparelho de som. Seu relógio não me diz mais a hora certa. Ele me diz que naquele momento alí sou eu, completamente feliz. Feliz porque não era mais uma alma ao ermo. Feliz porque o domingo agora é meu amigo. Nada de mágoas, nem ressentimentos. O que passou me fez bem, pois agora eu quero nem-sei-quantos mil domingos como esse. Quero o calor do corpo teu ao meu lado. Quero o sossego da tua boca na minha. Quero viver cada domingo ao teu lado.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Kit Festinha
sexta-feira, 4 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Você se lembra ?
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Mais um final de semana pra lá de especial.
...
Semana agitada se aproxima. Uma sensação boa no peito alojada bem do lado esquerdo. Entre cortes e cicatrizes, hoje bate um coração feliz. Porque será que passamos tanto tempo até encontrarmos o que nos sacia a alma ? Enfim, o que sei é que isso me torna mais humano, mais vivo. Me faz agradecer os dias em que a incerteza dominava, pois hoje o valor é outro.
...
Boa semana a todos.
...
onde será que deixei a receita do gardenal ?
...
Semana agitada se aproxima. Uma sensação boa no peito alojada bem do lado esquerdo. Entre cortes e cicatrizes, hoje bate um coração feliz. Porque será que passamos tanto tempo até encontrarmos o que nos sacia a alma ? Enfim, o que sei é que isso me torna mais humano, mais vivo. Me faz agradecer os dias em que a incerteza dominava, pois hoje o valor é outro.
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Boa semana a todos.
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onde será que deixei a receita do gardenal ?
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Quase bom
No relógio, mais de 8:20 da manhã.
Ai G-zuis (Lemu), toca agora tomar um banho expresso e correr para o trabalho. Passos largos pelas ruas de irregulares paralelepípedos ... de casa ao trabalho em um cigarro.
Tento atravessar uma rua - mais irregular que as demais por sinal - e um carro aparentemente querendo estacionar, mas sem a menor vocação para tal, para na minha frente. Vejo uma jovem moça olhando pro etério e em seguida me lança um olhar de "tá quase bom...". Concordo em meio a uma tragada com um aceno com a cabeça. Penso por um instante nas aulas de baliza, e acelero o passo - 8:45.
...
Hoje o frio não está tão forte. Apesar do lado direito da minha face não acreditar muito nisso.
Ai G-zuis (Lemu), toca agora tomar um banho expresso e correr para o trabalho. Passos largos pelas ruas de irregulares paralelepípedos ... de casa ao trabalho em um cigarro.
Tento atravessar uma rua - mais irregular que as demais por sinal - e um carro aparentemente querendo estacionar, mas sem a menor vocação para tal, para na minha frente. Vejo uma jovem moça olhando pro etério e em seguida me lança um olhar de "tá quase bom...". Concordo em meio a uma tragada com um aceno com a cabeça. Penso por um instante nas aulas de baliza, e acelero o passo - 8:45.
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Hoje o frio não está tão forte. Apesar do lado direito da minha face não acreditar muito nisso.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
... Inverno diferente
Nada de novo em relação ao clima aqui na terra do morango ... nessa época do ano os produtores pulam miudinho pra fugir de geadas, ventos congelantes entre outros eventos que costumam trazer grande prejuízo.
Para os moradores daqui de Atibaia, já tão acostumados com temperaturas bem baixas e variações absurdas durante o dia, é época de pencas de agasalhos, toucas e cachecóis, e uma disposição para se despir e se vestir novamente que deixa qualquer monge um pouco nervoso.
...
Tenho passado batido por vários invernos desde que voltei a morar aqui; frio pra acordar, tomar banho, dormir (sempre sozinho) ... mas o que realmente mais incomodava era o frio que não arrepia ... o frio que não deixa extremidades congeladas ... o frio que não tem cobertor e agasalho no mundo que dê conta de esquentar !!!
O inverno de 2008 tinha tudo pra ser mais um desses invernos gélidos, mas não. Não estou me referindo a fenômenos climáticos do tipo "El niño" ou "La niña" que costumam sacudir as estações trazendo destempero. O frio hoje não existe mais, por mais que as pessoas digam o contrário, que estou com sequelas medicamentosas e o diabo. Hoje ele não me vence mais.
No lugar dele foi acesa uma chama, que de tão linda, me ilumina e me aquece em qualquer lugar que eu vá !
...
Em Atibaia estima-se que a grande maioria dos produtores de morangos utilizam estufas e estão pra lá de preparados, o que diminui as perdas. Sofrem mais é com o calor em excesso, que além de não amadurecer os frutos no momento certo, modificam todo um calendário cumprido a anos e anos ... com as flores é ainda pior ... elas florescem antes das altas temporadas. Os produtores perdem lotes por não conseguirem preço justo e acabam tendo que muitas vezes desperdiçar toda sua produção.
...
O que não é o tempo, não é ?
Saí agora a pouco e cá estou de volta ... ao reler o texto acima, e reler, e reler, vejo que é assim mesmo ... o frio já não magoa mais !
...
Quase perco a hora do Rivotril.
Para os moradores daqui de Atibaia, já tão acostumados com temperaturas bem baixas e variações absurdas durante o dia, é época de pencas de agasalhos, toucas e cachecóis, e uma disposição para se despir e se vestir novamente que deixa qualquer monge um pouco nervoso.
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Tenho passado batido por vários invernos desde que voltei a morar aqui; frio pra acordar, tomar banho, dormir (sempre sozinho) ... mas o que realmente mais incomodava era o frio que não arrepia ... o frio que não deixa extremidades congeladas ... o frio que não tem cobertor e agasalho no mundo que dê conta de esquentar !!!
O inverno de 2008 tinha tudo pra ser mais um desses invernos gélidos, mas não. Não estou me referindo a fenômenos climáticos do tipo "El niño" ou "La niña" que costumam sacudir as estações trazendo destempero. O frio hoje não existe mais, por mais que as pessoas digam o contrário, que estou com sequelas medicamentosas e o diabo. Hoje ele não me vence mais.
No lugar dele foi acesa uma chama, que de tão linda, me ilumina e me aquece em qualquer lugar que eu vá !
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Em Atibaia estima-se que a grande maioria dos produtores de morangos utilizam estufas e estão pra lá de preparados, o que diminui as perdas. Sofrem mais é com o calor em excesso, que além de não amadurecer os frutos no momento certo, modificam todo um calendário cumprido a anos e anos ... com as flores é ainda pior ... elas florescem antes das altas temporadas. Os produtores perdem lotes por não conseguirem preço justo e acabam tendo que muitas vezes desperdiçar toda sua produção.
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O que não é o tempo, não é ?
Saí agora a pouco e cá estou de volta ... ao reler o texto acima, e reler, e reler, vejo que é assim mesmo ... o frio já não magoa mais !
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Quase perco a hora do Rivotril.
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